A American Academy of Pediatrics, a Organização responsável pela aprovação de princípios para a prática da Pediatria nos Estados Unidos da América, publicou, em Dezembro de 2012, um documento onde salienta os efeitos a curto e a longo prazo na saúde das crianças dos vários tipos de pesticidas existentes e utilizados comummente na agricultura.
Refere, ainda, que os riscos associados à ingestão destes compostos através dos alimentos são claros: existe uma associação entre a exposição a pesticidas nos primeiros tempos de vida e o aparecimento de cancro, a diminuição das capacidades cognitivas e problemas comportamentais.
Apesar de todas as recentes descobertas na área, muitos dos profissionais de saúde ainda não estão devidamente sensibilizados para os sinais e sintomas relacionados com esta exposição:
Efeitos Agudos:
- Dores de cabeça e Enxaquecas
- Náuseas
- Vómitos
- Tonturas
- Dores abdominais
- Aumento de secreções, como o suor, saliva
- Diarreia
- Sensação de fraqueza muscular
- Aparecimento de sinais e sintomas respiratórios: asma, broncoespamos, tosse
- Alterações do ritmo cardíaco
- Irritações cutâneas
- Parestesia
- Desorientação, sonolência, agitação
- Úlceras no trato gastrointestinal superior
- Aftas
- Falha renal
- Aparecimento de hematomas
Efeitos Crónicos:
- Nascimento prematuro
- Baixo peso à nascença
- Anomalias congénitas
- Maior risco de incidência de cancro pediátrico (principalmente tumores cerebrais e leucemia)
- Défices cognitivos (menor QI) e comportamentais (hiperactividade/ falta de atenção e autismo) da criança
- Asma
É importante que esta mensagem alerte para além da comunidade, toda a classe política. São necessárias políticas agrícolas mais responsáveis e sustentáveis, que estimulem a implementação por parte dos produtores de métodos como a Agricultura Biológica e que protejam a população, nomeadamente a mais vulnerável, como grávidas e crianças.
Fonte: Council on Enviromental Health, Pesticide Exposure in Children, Pediatrics, 130, 2012
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